Clementine passou por momentos marcantes, fatos e acontecimentos irreversíveis, que ficariam para sempre em sua memória. Nada, nem o tempo poderia apagar. Ela lutou contra suas próprias vontades, tentando corrigir seus erros e falhas. Alguns ela conseguiu resolver, mas, infelizmente, outros eram impossíveis de se reverter. Ao decorrer dos anos enfrentou batalhas tão amargas e dolorosas que deixaram cicatrizes tão grandes que nem o tempo poderia curá-las. Seu coração sangrava de tanto remorso. Muitos acontecimentos ao longo de sua trajetória foram devastadores, alguns sem volta. Foram muitas realizações boas que conseguiu, mas, também, muitas decepções e perdas irreparáveis. Suas noites pareciam eternas, seu passado tirava sua paz, o medo corroía sua alma. Era muita angústia, as recordações chegavam sem piedade. Quando finalmente o dia amanhecia, brotava uma nova esperança, que devolvia um pouco de brilho em seus olhos apagados e cansados de tanto chorar. Clementine foi guerreira, corajosa. Mesmo quando não via mais saída e sentia sua alma completamente presa em um cárcere, totalmente abalada física e psicologicamente, ela se reerguia, procurando manter-se de pés firmes. Mas seu objetivo era único, lutar contra tudo e todos. Enquanto existisse esperança, por menor que fosse, ela agarraria com garras para tentar libertar a Clementine que estava adormecida dentro do seu próprio ego. Ela tremia de terror diante de sua aniquilação. Lutar contra seu próprio ego não era fácil.
